Quando pensamos em exemplos de gestão do conhecimento aplicados nas empresas, isso nos remete a um grande desafio de constante inovação, de forma que produtos e serviços correspondam totalmente às necessidades dos clientes – ainda que nem sempre tais necessidades sejam explícitas.
Para tal, é cada vez mais necessário que as informações e conhecimentos relativos a essas organizações sejam bem gerenciados.
Não importa se estamos falando de uma grande multinacional ou de um pequeno negócio, é fato constante que oferecer boas e inovadoras soluções que diferenciem o seu negócio da concorrência é importante.
Mas, de pouco adianta caso não a empresa não possua uma robusta estrutura que garanta a sustentabilidade dessas boas ideias em médio e longo prazo. Sendo assim, a gestão vem de encontro a essa necessidade. Por isso, dedicamos este post aos principais exemplos de gestão do conhecimento aplicados nas empresas.
O que é a gestão do conhecimento nas empresas
Podemos definir a idéia de gestão do conhecimento como um conjunto de práticas pela manutenção dos ativos cognitivos de uma empresa.
Esses ativos nada mais são do que os projetos, técnicas e metodologias aplicados ao longo do desenvolvimento dos produtos e serviços da sua organização, de acordo com as demandas apresentadas pelo consumidor.
As práticas de gestão do conhecimento, através de uma abordagem organizacional multidisciplinar, funcionam de forma a converter dados em informações, e informações em conhecimento.
O que é dado, informação e conhecimento?
Portanto, para compreender do que se trata gestão do conhecimento, é preciso entender também a diferença entre o que é dado, o que é informação e o que é conhecimento.
Os dados são conceitos discretos e objetivos, que, uma vez analisados e processados, produzem informações. Lineares e contínuas, estas fornecem propósitos e significados pertinentes à organização.
Derivado da informação, o conhecimento é estrutural, multidimensional e potencialmente expansível. Ele observa e compreende a importância do que é comunicado pela informação, a fim de produzir conclusões e soluções significativas.
Mais do que falar apenas ideias, invenções e inovações, a gestão do conhecimento compreende que todo o processo por trás de tudo isso é igualmente valioso. Até que se chegue a essas soluções, há interação entre o ser humano e a informação que permitiu a contextualização e a compreensão de mercado necessárias para o atingimento de resultados.
É assim que se forma o conhecimento que precisa ser preservado, protegido e propagado por meio de toda a história da empresa.
A importância da gestão do conhecimento aplicada nas empresas
O impacto de uma gestão do conhecimento eficaz sobre os resultados de uma empresa é, invariavelmente, expressivo, sobretudo no que diz respeito à produtividade, e, portanto, na geração de valor do negócio.
Uma vez que as mentes geradoras do conhecimento estejam bem conectadas às pessoas responsáveis pela aplicação estratégica desses mesmos saberes, o trabalho flui com mais facilidade, fluidez e segurança.
Sistemas de gestão do conhecimento, quando bem aplicados, elevam o desempenho interno, diminuindo o retrabalho, aumentando a transparência e agilizando processos.
Um exemplo claro, e conhecido por todos, da importância da gestão de conhecimento é o famoso atentado contra as Torres Gêmeas do World Trade Center, em 11 de Setembro de 2011.
Inquéritos posteriores ao ataque apontam que a ação terrorista da Al-Qaeda poderia ter sido facilmente frustrada caso os departamentos de inteligência (CIA) e investigações (FBI) dispusessem de um sistema de troca de informações bem integrado.
Por outro lado, alguns bons exemplos de gestões de conhecimento afirmativas incluem organizações como General Electric, Amazon, Banco Mundial e a própria ONU.
Vale dizer que, como sempre, a tecnologia é fundamental para uma boa gestão do conhecimento, mas o fator humano é indispensável para uma estruturação inteligente e inovadora do conhecimento.
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Os quatro estágios da gestão do conhecimento aplicados nas empresas
Para implementar a gestão do conhecimento nas empresas, é preciso manter-se atento a quatro estágios principais.
Diagnóstico
Nessa primeira etapa, é feito um levantamento inicial da situação na qual a empresa se encontra. É o momento de identificar o máximo possível de dados sobre as pessoas envolvidas:
- quem são, como são, do que precisam, como se relacionam, como se organizam;
- principais processos da companhia (quais são, como ocorrem, como se conectam, em que divergem);
- o conteúdo da empresa (avaliar o conhecimento existente, o que é necessário para promover seu desenvolvimento e preservação);
- sua cultura organizacional (no que se baseia, se favorece o compartilhamento de conhecimento e uma estrutura de comunicação simples);
- a relação da empresa com a tecnologia (armazenamento do conhecimento formal, além de manutenção e operacionalidade dos sistemas).
Planejamento
Uma vez que os pontos supracitados tenham passado por um rigoroso processo de avaliação, é chegado o momento de definir o planejamento estratégico para a aplicação da gestão do conhecimento.
Os objetivos e ações necessárias para seu cumprimento são elaborados, bem como os responsáveis por cada atividade são delegados tendo em vista um perfeito alinhamento com as informações levantadas anteriormente.
Projeto-piloto
É chegada a hora de testar a eficácia de tudo o que foi definido até agora, além de levantar mais informações relevantes sobre os detalhes pertinentes ao projeto. Nesse momento, se faz claro quais elementos da estratégia se aplicam e quais precisam ser reavaliados.
Implementação
Por fim, chegamos à quarta e última etapa. É nessa fase que os indicadores de resultado são definidos e o sistema de monitoramento é estabelecido, para que se avalie o sucesso do projeto.
É também quando os planos internos de comunicação e recompensas são implantados, a fim de manter a equipe bem alinhada e engajada; além de ser feita a divulgação constante dos resultados intermediários alcançados, servindo a ambos os propósitos de forma simultânea.
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11 exemplos de gestão do conhecimento aplicados nas empresas
Para além dessas quatros etapas, existem algumas práticas comuns sobre a gestão do conhecimento que você precisa conhecer. Preparamos, a seguir, uma lista com os 11 exemplos de gestão do conhecimento aplicados nas empresas mais proeminentes do mercado.
1. Identificação dos influenciadores
Para além dos geradores de conhecimento, é preciso também manter-se atento aos fluxos informais de propagação do conhecimento – afinal, existe um caminho a se observar entre a fonte e o agente aplicador.
2. Uso de tecnologia
Um sistema capaz de armazenar todos os dados referentes às ações da empresa de forma integrada, e que também disponibilize as informações de forma fácil, acessível e transparente, é de vital importância para a condução de uma gestão de conhecimento de excelência.
3. Monitoramento do sistema
É preciso estar sempre atento a todos os fluxos de propagação de conhecimento dentro do ambiente da empresa. Continuamente, observe os processos relacionados, avalie os desempenhos e aplique as correções necessárias.
4. Gerenciamento de documentos
É extremamente indispensável para o pleno desenvolvimento das atividades que o conhecimento formal esteja organizado e disponível de maneira acessível a todos que dele necessitarem.
5. Incentivo à participação
Via de regra, as pessoas costumam sentir-se mais envolvidas em algo que elas sintam representar uma parte importante. Incentivar a participação de todos os envolvidos é a chave para promover engajamento e senso coletivo de zelo pelo projeto.
6. Realização de troca de experiências
A transmissão de certos saberes mais específicos pede por táticas mais elaboradas. Oferecer programas de treinamento e mentoria pode ser de bastante utilidade nesses casos.
7. Formação de comunidades
A formação de espaços amigáveis, tanto virtuais quanto físicos, dentro da empresa, é um mecanismo essencial para o fortalecimento das relações, a geração de conhecimento e a troca de experiência entre pessoas de diferentes setores.
8. Criação de canais de comunicação
Considerando que cada departamento da empresa possui suas próprias particularidades, é muito válido criar canais com o propósito de discutir assuntos de interesse geral, assim como canais específicos para determinados grupos.
Assim, caso surja um problema com o qual algum membro da equipe já tenha se deparado, a solução virá mais rápida e facilmente.
9. Capacitação da equipe
Objetivamente falando, poucas iniciativas promovem conhecimento de forma tão eficaz como o investimento de recursos em capacitação. Não hesite em promover treinamentos, cursos e workshops sempre que possível.
10. Compreensão do ritmo
É preciso entender a empresa como um organismo vivo. Todo processo de grande complexidade e importância deve ser implementado conforme o ritmo de absorção e processamento de informação dos membros da equipe, e com a gestão de conhecimento não pode ser diferente.
Essa prática estratégica deve ser aplicada com bastante cuidado, para que o trabalho não haja nem estagnação e nem precipitação nas operações de sua empresa.
11. Incentivo à inovação
A empresa que não possuir espírito de inovação está fadada à obsolescência. Para manter o potencial competitivo diante da concorrência, é importante estabelecer uma política interna que não desencoraje os membros da equipe a assumir certos riscos, uma vez que erros podem ser cometidos e geridos de forma responsável.
Seguindo todas essas dicas, você certamente estará no caminho correto para implementar uma excelente gestão de conhecimento no seu negócio.
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