Como implementar ferramentas de assinatura eletrônica na concessão de crédito

Tabela de Conteúdos

Varejo e setor financeiro vivem um ciclo de digitalização contínua, empurrado por clientes conectados, jornadas omnichannel e exigência de decisões rápidas sem abrir mão de segurança e conformidade. Nesse cenário, a assinatura eletrônica na concessão de crédito torna-se peça-chave: reduz burocracia, acelera formalizações e reforça a base probatória, com trilhas de auditoria completas e mecanismos de autenticação modernos. 

Além de encurtar prazos, a formalização digital melhora a experiência — o cliente assina de onde estiver, no dispositivo de preferência — e viabiliza processos paperless, com armazenamento seguro, versionamento e governança documental. Para organizações orientadas à performance, isso se traduz em custos menores e margens mais saudáveis.

A boa notícia: já existe abundância de orientação técnica e jurídica sobre o assunto. O ponto de atenção está na execução: escolher o tipo de assinatura adequado a cada risco, aplicar biometria facial com checagens de liveness, validar documentos e reter evidências robustas do consentimento.

Base legal e classificação: onde a assinatura eletrônica se apoia

No Brasil, a espinha dorsal regulatória combina normas complementares: a MP 2.200-2/2001 institui a ICP-Brasil, estrutura que garante autenticidade, integridade e não repúdio com certificado digital e trilhas criptográficas; a Lei 14.063/2020 define os níveis simples, avançada e qualificada para assinaturas em interações com o poder público e também aponta balizas para usos privados; e a Lei 13.986/2020 disciplina a assinatura eletrônica de Cédulas de Crédito Bancário (CCB), exigindo identificação inequívoca do signatário.

Em linhas gerais:

  • assinatura simples: identifica o signatário e vincula dados; indicada para riscos baixos, com reforços de autenticação;
  • assinatura avançada: tem mecanismos que asseguram autoria e integridade sem, necessariamente, usar ICP-Brasil, desde que admitidos pelas partes e adequados ao risco;
  • assinatura qualificada: usa certificado ICP-Brasil (alto grau probatório), recomendado para cenários de risco elevado ou requisitos regulatórios específicos.

Quais são os riscos de segurança e invalidações judiciais e como evitá-los?

A expansão de embedded finance e a prática de varejistas e fintechs emitirem crédito ao consumidor aumentaram o volume de contratos eletrônicos — e com eles, as discussões judiciais sobre autenticidade e manifestação de vontade. 

Quando não há comprovação robusta de identidade ou a trilha de evidências é frágil, surgem decisões que invalidam operações. A mitigação passa por três pilares:

  • identificação inequívoca do signatário;
  • integridade do documento e imutabilidade pós-assinatura;
  • rastreabilidade completa (provas técnicas do fluxo).

Boas práticas de conformidade e antifraude

Para dar lastro jurídico e operacional às operações de crédito, combine camadas de autenticidade e verificação:

  • biometria facial com detecção de prova de vida (liveness): reduz risco de impostores, deepfakes e replays;
  • verificação documental automatizada: OCR, validação de campos e checagem de autenticidade com cruzamentos; veja autenticação digital de documentos;
  • classificação por risco: alinhe o tipo de assinatura ao valor, produto e risco jurídico;
  • padrões de documento: PAdES, PDF/A, metadados e restrições;
  • trilha de auditoria e integridade: use carimbo digital, hash e verificação posterior via validador ITI;
  • LGPD e consentimento: registre aceite de termos, política e finalidades, além de logs de IP e dispositivo; veja LGPD e assinatura digital;
  • segurança da informação: políticas, trilhas, criptografia e governança; veja ISO 27001 e segurança de documentos.

Passo a passo de implementação no crédito 

Agora, vejamos as etapas a serem seguidas do discovery ao go-live.

1. Mapeie jornadas e riscos

Inventarie produtos de crédito (cartão private label, crediário, empréstimo pessoal, BNPL, financiamento), pontos de assinatura e contrapartes. Defina quais fluxos exigem assinatura qualificada (risco alto) ou avançada/simples (risco moderado/baixo). 

2. Estabeleça políticas de identidade

KYC proporcional ao risco, checagens documentais, biometria e reconhecimento facial. Para casos de alto valor, combine biometria e certificado em nuvem.

3. Padronize os documentos

Modelos com campos obrigatórios, cláusulas de consentimento, referências a meios eletrônicos e trilha de evidências. 

4. Integre a plataforma de assinatura

Conecte sistemas core (CRM, originação, cobrança) via API de assinatura eletrônica, configure webhooks, use templates e automações para lotes (assinatura em lote). 

5. Orquestre autenticações

Combine SMS/OTP, login, biometria e certificação conforme o risco. Reforce com carimbo do tempo e validação posterior.

[Banner] Validade jurídica das assinaturas digitais e eletrônicas: guia definitivo com análises de especialistas

6. Armazenamento e governança

Defina repositório seguro, políticas de retenção, versionamento e paperless. Se necessário, integre com CLM (contract lifecycle management) e GED.

7. Piloto controlado e rollout

Teste produtos com amostras, rode A/B de fricção vs. risco, ajuste UX. Monitore indicadores e amplie gradualmente.

8. Treinamento

Treine times de loja, crédito, jurídico e cobrança. Disponibilize guias como como colocar assinatura em PDF, como assinar no celular e assinatura digital no iPhone para reduzir dúvidas de clientes e parceiros.

⚠️ Confira também estes artigos relacionados 👇

➡️ O que é embedded finance e por que está transformando as transações digitais?
➡️ Como fazer um plano financeiro de produto digital​ que siga as normas e regulamentações
➡️ Assinatura digital para banco e instituições financeiras: como funciona?

Boas práticas técnicas para integração e conformidade na assinatura eletrônica

Agora, vejamos quais práticas você deve seguir, além de documentos necessários, indicadores a serem acompanhados, usabilidade, segurança e operação.

Aspectos técnicos essenciais para implementação segura

Documentos e fluxos típicos no crédito

Indicadores, ROI e eficiência operacional

  • Taxa de conclusão de assinatura e tempo médio por etapa.
  • Taxa de contestação e incidentes de fraude.
  • Custo por contrato (assinatura + armazenamento) vs. papel.
  • Conversão por canal (loja, web, app) e por tipo de produto.
  • Acordos e renegociações fechados com aceite eletrônico.

Para medir o impacto financeiro, combine eficiência operacional com geração de receita incremental: menos atrito em jornadas reduz abandono; decisões mais rápidas elevam aprovação e ativação.

Usabilidade, adoção e mudança de plataforma

Um obstáculo comum é a usabilidade — se a plataforma atual é cara e limitada, a troca por uma solução mais intuitiva e flexível reduz retrabalho e acelera a curva de aprendizado.

Segurança e padrões técnicos na prática

Implemente criptografia em repouso e em trânsito, segregação de dados por cliente, logs imutáveis, MFA para administradores e carimbo de tempo confiável. Use perfis PAdES quando necessário e preserve hash de cada versão. 

Considere a adoção de assinatura digital criptografada e tipos de criptografia no seu caderno de arquitetura. Para fluxos de alta volumetria (exemplo: carnês e pacotes de contratos), acione assinatura digital em lote. E trate exceções: reenvio de convites, escalonamento de autenticação e revalidação documental.

Operação contínua e auditorias

Programe auditorias trimestrais com amostras de contratos, revalide cadeias de certificados, revise políticas e atualize treinamentos. Utilize o verificador de assinatura digital e guias como validar assinatura digital. Para governança, alinhe com gestão de contratos e workflow.

Como pôde ver ao longo deste artigo, ao integrar base legal sólida (MP 2.200-2/2001, Lei 14.063/2020 e Lei 13.986/2020) com autenticação forte, padronização documental e trilha de evidências, a assinatura eletrônica na concessão de crédito diminui atritos, mitiga riscos e sustenta ganhos de eficiência. 

E se você leu até aqui porque busca reduzir custos, elevar o faturamento e o lucro, a escolha de uma solução fácil de usar, com otimizações constantes, planos customizados e atendimento ágil viabiliza implantações rápidas, acelera a formalização e aumenta a satisfação do cliente. Quer ver como isso funciona na prática e avaliar um plano alinhado ao seu volume e aos seus fluxos? Conheça a ZapSign!

Deixe um comentário

14 − oito =

Inicie seu teste gratuito hoje!

Experimente nossa ferramenta de assinatura digital gratuitamente.
Os 5 primeiros documentos
são gratuitos!

Compartilhar este artigo

Você quer se manter informado?

Inscreva-se em nosso blog

Artigos relacionados

melhor plataforma de assinatura digital
Assinatura digital

Qual é a melhor plataforma de assinatura digital?

Análise técnica e imparcial das principais soluções de assinatura digital no Brasil, com foco em segurança, lei, autenticação, integrações, preço e