Sabemos que, para uma empresa obter os melhores resultados e conquistar uma posição de destaque no mercado, é essencial se alinhar às mais afiadas técnicas e ferramentas de gestão de processos, tal como a metodologia ágil.
Ao longo dos últimos anos, tem crescido o uso das chamadas metodologias ágeis como modelo – isso porque tem sido constantemente observado um crescimento exponencial por parte das companhias que abraçaram essa tática.
Sendo assim, preparamos este artigo sobre o assunto, revelando tudo que você precisa saber. Vamos em frente?
O que, afinal, é metodologia ágil?
Metodologias ágeis são estratégias de gestão e desenvolvimento de projetos que trouxeram uma lógica inovadora para as técnicas de produção. Embora essas práticas tenham se iniciado na área de softwares, hoje são utilizadas por todos os tipos de empresa, devido a sua reconhecida eficiência.
Esse modelo transforma a cultura e mentalidade internas, desburocratizando os processos por meio de uma condução mais dinâmica das atividades.
A metodologia ágil foi apresentada pelo chamado Manifesto Ágil, que definiu que os indivíduos atuantes nos processos são mais importantes que os processos em si e seus recursos, assim como o pleno funcionamento do sistema está acima das atividades burocráticas.
Outra característica importante que define as metodologias ágeis é a priorização da cooperação do profissional com o cliente sobre os contratos, e da resposta rápida às dinâmicas de mudança sobre os planejamento fixos.
Seria correto, portanto, definir as metodologias ágeis como um modelo de gestão de processos flexível e dinâmico, em que a interação, a criatividade e a comunicação são os elementos-chave para um desempenho eficiente, objetivo e inovador.
É por esse motivo que as metodologias ágeis funcionam baseadas em ciclos rápidos, de semanas ou meses. Ao final de cada um desses ciclos, já ocorre a entrega de resultados, diferente do que ocorre em projetos tradicionais.
Quais são os objetivos das metodologias ágeis?
Explicando em poucas palavras, o objetivo principal das metodologias ágeis é entregar os resultados de forma ágil, frequente e eficiente, simplificando e adaptando os processos de forma flexível dinâmica, e considerando as necessidades que vão sendo apresentadas pelo cliente.
Trata-se de um modo de trabalho no qual a auto-organização, a motivação, a comunicação direta, a funcionalidade e a valorização dos conhecimentos e da inovação são o norte das ações.
Para tal, as ações precisam ser conduzidas de maneira maleável e versátil, reduzindo burocracias e aceitando que mudanças ocorram no meio do caminho.
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A importância das metodologias ágeis nas empresas
A importância maior da implementação das metodologias ágeis nas empresas é a possibilidade de se obter um modelo de gerenciamento de recursos que permita que os processos sejam conduzidos com eficiência.
Assim, é possível impulsionar os resultados do negócio e posicioná-lo à frente do mercado. Essa estratégia representa um valor significativo para a obtenção de benefícios sob diversos aspectos, tais como:
- agilidade;
- coleta de feedbacks;
- identificação de oportunidades;
- resolução de problemas;
- cumprimento de prazos;
- trabalho em equipe;
- gestão das pessoas;
- redução de custos.
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Quais são os tipos de metodologia ágil?
As metodologias ágeis se dividem em diversos modelos. A seguir, listamos os principais.
Kanban
Também conhecido como método de gestão visual, Kanban é uma metodologia simples e poderosa na qual se baseiam inúmeras ferramentas de gestão. Como foco na organização, atualização, eficiência e assertividade, esse modelo possibilita aumentar a previsibilidade e a qualidade da entrega dos serviços e produtos oferecidos.
A metodologia foi desenvolvida nos anos 50, para a Toyota. A partir dali, a empresa passou a ter um sistema flexível e eficaz de controle de produção “just in time” que aumentou a produtividade, ao mesmo tempo que reduziu o custo intensivo do estoque. Desde então, essa solução tem sido aplicada a uma série de nichos e portes de empresas.
Como o nome sugere, o sistema é baseado em referências visuais: cartões coloridos (como post-its) são inseridos em murais ou quadros de tarefas, descrevendo as atividades que precisam ser feitas, as que estão sendo feitas e as que estão concluídas.
Quando um cartão é movido para a coluna de incumbências pendentes, ele está pronto para ser trabalhado pela equipe. Vale destacar ainda que, em um sistema Kanban, a prioridade é definida pela ordem dos cartões, sendo o primeiro o mais importante.
Scrum
A metodologia Scrum é um framework de gerenciamento com uma aplicação leve e simples, com a proposta desenvolver soluções flexíveis e eficientes para processos complexos, desde as etapas iniciais de organização dos projetos até seu desenvolvimento ágil.
Trata-se de uma metodologia não linear capaz de abrigar inúmeros processos e técnicas de naturezas distintas, e que podem ser continuamente aprimorados, de acordo com as especificidades que vão se apresentando em cada situação.
O nome Scrum veio de um termo usado nos jogos de rugby, quando os times se põem em formação estratégica para disputar a posse da bola.
Assim como no esporte, esse modelo de gestão valoriza um time unido e coeso, autônomo e auto-organizado, da mesma forma que estabeleciam claras responsabilidades entre as pessoas envolvidas para o alcance de um bem comum.
Especialmente focada no uso dos ciclos de feedback como mecanismos de controle empírico, essa estratégia permite que o planejamento e a gerência dos projetos favoreça as tomadas de decisão com propriedade e certeza, e, na mesma proporção, com flexibilidade e versatilidade – mesmo quando o planejamento em médio e longo prazo se mostra mais difícil.
Lean Manufacturing
Também chamada de Manufatura Enxuta e Manufatura Esbelta, essa metodologia foi desenvolvida no Japão pós-Segunda Guerra visa reduzir os custos ainda na fase inicial do projeto, sem comprometer a segurança e a eficiência do projeto.
A fim de minimizar desperdícios, o Lean Manufacturing tem como princípios:
- detectar e solucionar problemas a partir da origem;
- eliminar atividades desnecessárias e otimizar recursos financeiros, humanos e espaciais;
- promover melhoria contínua no desempenho;
- possibilitar a retirada dos produtos pelo cliente final, de modo que estes não sejam deslocados para o fim da cadeia de produção;
- flexibilizar a produção;
- cultivar uma relação sólida e duradoura com os fornecedores.
FDD
FDD significa Feature Driven Development, ou “Desenvolvimento Guiado por Funcionalidade”. Trata-se de um conceito elaborado em Singapura, no final dos anos 90, e que se propõe a quebrar as tarefas em pequenas funcionalidades, reestruturando o trabalho. Funciona sob 5 princípios básicos:
- desenvolver um modelo abrangente;
- criar uma lista de funcionalidades;
- planejar por funcionalidade;
- detalhar por funcionalidade;
- construir por funcionalidade.
Como cada funcionalidade representa uma unidade mínima do projeto total, esse modelo garante grande agilidade e precisão nos processos.
DSDM
DSDM (Dynamic System Development Method, ou Método de Desenvolvimento de Sistemas Dinâmicos) é uma metodologia focada no desenvolvimento de projetos de alta qualidade diante de prazos e orçamentos apertados, por meio da aproximação entre a equipe de desenvolvimento e os usuários finais.
Baseia-se na ideia de que o tempo e os recursos são fixos, enquanto a funcionalidade é variável. Dessa forma, admite-se que o escopo do projeto poderá mudar ao longo de seu decorrer.
Portanto, as etapas são preenchidas somente com a quantidade de trabalho suficiente, sendo que a cada nova etapa são realizadas as melhorias nas iterações anteriores.
ASD
ASD é a sigla para Adaptative Software Development, ou Desenvolvimento de Software Adaptativo. Criado para aprimorar os processos de construção de softwares e sistemas complexos, trata-se de um modelo concentrado na colaboração e auto-organização das equipes.
O ciclo de vida do modelo possui três fases: especulação (planejamento de ciclos adaptáveis), colaboração (condução das atividades em equipe) e aprendizagem (análise dos resultados e do aprendizado mediante grupos focados, revisões técnicas e autópsias de projetos).
SAFe
Significa Scaled Agile Framework (Estrutura Ágil Escalonada), e propõe uma condução simplificada e eficiente dos processos.
Baseada em uma colaboração estreita e ágil entre as equipes, a metodologia SAFe centraliza a tomada de decisões, possibilitando um mapeamento participativo das atividades e atendendo às necessidades de todos os membros atuantes da companhia.
Dividida em três segmentos (time, programa e portfólio), essa metodologia ágil possibilita uma objetiva avaliação dos resultados e oportunidades em prol das melhorias no fluxo de trabalho e da escalação dos princípios ágeis.
Dicas de como colocar a metodologia ágil em prática
Embora as metodologias ágeis possibilitem mais rapidez e simplicidade nos seus processos, a implementação de um modo de atuação totalmente diferente do convencional, baseado na inovação, na multifuncionalidade e na versatilidade, pede por uma transformação gradual na cultura interna da empresa.
A dica de ouro é começar a implantar a metodologia em uma área específica da empresa. Conforme os resultados forem se mostrando e a sua segurança no modelo for aumentando, avance para os outros setores. A fim de teste, você também pode usar as metodologias ágeis para acrescentar ou modificar um determinado projeto tradicional.
Também vale ressaltar que, nos últimos tempos, as tecnologias de comunicação foram fortemente afetadas pelas metodologias ágeis, e isso merece bastante atenção. Empregar essas estratégias no seu plano de marketing, por meio de ciclos de atualização, e realizar experiências na área de aplicativos são formas práticas e graduais de introduzir a metodologia no seu negócio.
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