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O que é uma documentação de API e como usá-la em integrações?

A documentação de API é um elemento fundamental para facilitar a comunicação entre desenvolvedores e sistemas. Ela detalha como interagir com uma API, incluindo as informações mais relevantes. Empresas com documentações claras e precisas possibilitam que seus parceiros e clientes integrem-se rapidamente, promovendo agilidade e eficiência nas operações.

Neste artigo, traremos um aprofundamento ao tema, para que você compreenda a importância de uma documentação bem elaborada na garantia da eficiência das integrações entre sistemas, reduzindo o tempo de desenvolvimento e os erros operacionais. 

O que é uma documentação de API?

Uma documentação de API é um conjunto de informações técnicas que descrevem de maneira detalhada como utilizar uma API (Application Programming Interface). Seu objetivo é funcionar como um manual de instruções para os desenvolvedores que precisam integrar um sistema, aplicação ou serviço a uma API.

A documentação de API é essencial para garantir que os desenvolvedores possam entender, integrar e utilizar a API de maneira correta e eficiente, otimizando o tempo de implementação e minimizando erros. Geralmente, ela inclui os pontos abaixo.

Descrição dos endpoints

Os endpoints são os pontos de acesso da API, ou seja, URLs específicas que definem as funcionalidades e serviços oferecidos pela API. Cada endpoint corresponde a um recurso ou operação distinta, permitindo que os desenvolvedores interajam diretamente com diferentes partes do sistema.

Um endpoint pode, por exemplo, ser responsável por enviar dados para um servidor (ao criar um novo usuário) ou por obter informações (ao buscar o perfil de um cliente). Esses endpoints são projetados para realizar ações específicas, como criar, ler, atualizar ou deletar dados (operações CRUD), e devem ser chamados utilizando os métodos HTTP adequados.

Métodos HTTP

Os métodos HTTP, ou verbos, são comandos que indicam as ações que podem ser executadas ao interagir com os endpoints de uma API. Cada método especifica o tipo de operação que será realizada sobre os recursos disponíveis na API, facilitando a comunicação entre o cliente (como um aplicativo ou sistema) e o servidor. Veja, a seguir, quais são eles.

GET

Usado para solicitar e recuperar dados de um servidor. É uma operação de leitura, sem efeitos colaterais, ou seja, não altera o estado dos dados no servidor. Um exemplo comum é o GET utilizado para buscar informações sobre um produto ou usuário.

POST

Utilizado para enviar dados ao servidor, geralmente para criar novos recursos. Ele carrega dados no corpo da requisição (como JSON ou XML) e geralmente é usado em operações de cadastro, como ao criar um novo pedido ou registrar um novo usuário.

PUT

Usado para atualizar um recurso existente no servidor. O PUT substitui completamente os dados do recurso especificado, garantindo que o recurso seja modificado de acordo com as informações fornecidas. Por exemplo, atualizar os detalhes de um perfil de usuário.

PATCH

Semelhante ao PUT, porém utilizado para atualizações parciais de um recurso. Com o PATCH, apenas os campos especificados são modificados, mantendo os outros dados inalterados.

DELETE

Como o nome sugere, esse método é utilizado para remover um recurso do servidor. Por exemplo, deletar uma conta de usuário ou remover um item de um carrinho de compras.

Parâmetros de requisição

As documentações de API detalham os parâmetros que devem ser incluídos em uma requisição para que ela seja processada corretamente pelo servidor. Esses parâmetros são divididos em três diferentes categorias, cada uma com uma função específica, e são essenciais para personalizar as chamadas e garantir que a API retorne as informações ou execute as ações desejadas. Apresentamos a seguir.

Cabeçalho (headers)

Os cabeçalhos são utilizados para transmitir informações adicionais sobre a requisição ou a resposta, que não fazem parte do conteúdo principal. Eles podem incluir dados como o tipo de autenticação, o formato esperado da resposta, a compressão dos dados ou a chave da API – sendo fundamentais para a segurança e controle de acesso.

Corpo da requisição (body)

É onde os dados principais são enviados ao servidor. Aqui, podem ser incluídos campos como nome, endereço, ou qualquer outra informação necessária para criar ou atualizar um recurso. O corpo é geralmente estruturado em formatos como JSON, XML ou multipart/form-data, e a documentação deve especificar como esses dados devem ser organizados.

Parâmetros de consulta (query parameters)

Os parâmetros de consulta são anexados à URL, geralmente após um ponto de interrogação (?), e são usados para filtrar, ordenar ou modificar a resposta da API. Eles são especialmente úteis para operações de leitura, possibilitando obter dados específicos sem alterar o estado da aplicação.

Além dessas categorias principais, algumas APIs também utilizam **parâmetros de caminho (path parameters)**, que fazem parte da própria URL, representando, por exemplo, o ID de um recurso. Um exemplo seria `/usuarios/{id}`, com`{id}` é substituído pelo identificador específico de um usuário.

Exemplos de requisição e resposta

Para ajudar desenvolvedores a entender como usar a API, muitas documentações fornecem exemplos práticos de requisições e as respostas esperadas – como exemplos de código em diferentes linguagens de programação, mostrando a implementação das chamadas da API.

Códigos de status HTTP

Esses códigos informam se a requisição foi bem-sucedida ou se ocorreu algum erro. Os mais comuns são 200 (sucesso), 400 (erro do cliente), 401 (não autorizado), 404 (não encontrado), e 500 (erro no servidor).

Autenticação

A maioria das APIs requer autenticação para garantir que apenas usuários autorizados possam acessar os dados ou realizar determinadas ações. A documentação explica como configurar a autenticação, seja por meio de tokens, OAuth, chaves de API, entre outros métodos.

Limites de uso (rate limits)

Algumas APIs impõem limites de requisições por período de tempo, como 100 requisições por minuto. A documentação costuma informar esses limites para que os desenvolvedores possam planejar o uso da API de maneira eficiente e evitar bloqueios.

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As melhores práticas para criar uma documentação de API

Para criar uma documentação de API eficiente e útil para os desenvolvedores, é essencial seguir algumas melhores práticas que envolvem desde a clareza das informações até a possibilidade de testes interativos. Abaixo estão as principais.

Fornecer exemplos claros e diversificados

Uma boa documentação deve conter exemplos de requisições e respostas em diferentes cenários, a fim de ilustrar o funcionamento da API. O ideal é fornecer esses exemplos em várias linguagens de programação (JavaScript, Python, Ruby, etc.), facilitando a implementação para desenvolvedores com diferentes preferências.

Além dos exemplos, deve-se incluir cenários de erro comuns para que os desenvolvedores saibam como tratar falhas. Use uma estrutura de código limpa e comentada nos exemplos, destacando parâmetros e resultados importantes.

Centralização de informações

Uma documentação bem organizada reúne todas as informações importantes em um único local, permitindo fácil navegação. Os desenvolvedores devem conseguir encontrar rapidamente detalhes sobre endpoints, métodos de autenticação, limites de uso e políticas de erros.

Use uma tabela de conteúdo ou um sistema de navegação claro, com seções bem divididas e rotuladas de acordo com a funcionalidade da API. Recomenda-se utilizar ferramentas como Swagger ou Postman para gerar documentações centralizadas e interativas, pois essas ferramentas oferecem interfaces visuais intuitivas.

Documentação interativa

Documentações interativas permitem que os desenvolvedores façam testes diretamente a partir da interface da documentação, sem a necessidade de configurar um ambiente de desenvolvimento – algo especialmente útil para APIs RESTful, permitindo ao usuário experimentar diferentes requisições e verificar as respostas em tempo real.

Inclua um ambiente de teste que permite a interação com endpoints da API, como no Swagger UI, no qual os usuários podem modificar parâmetros e realizar requisições diretamente na interface. Ofereça também um sandbox (ambiente de teste) separado para evitar que os testes afetem os dados reais da API.

Facilidade de testes

A inclusão de seções que permitem testar a API é uma prática essencial para reduzir o tempo de integração. Essa funcionalidade deve permitir que desenvolvedores façam requisições diretamente na documentação e verifiquem se estão usando a API corretamente.

Certifique-se de que a documentação suporte autenticação e autorização, permitindo que os desenvolvedores testem as chamadas em um ambiente autenticado. Ofereça uma chave de API para desenvolvedores em fase de teste ou contas de demonstração para simplificar o processo de testes.

Atualização constante

A documentação de API deve ser dinâmica e atualizada sempre que a API for modificada, seja para adicionar novos recursos, corrigir erros ou descontinuar funcionalidades. Documentações desatualizadas podem gerar confusão, aumento de erros e frustrações entre os desenvolvedores.

Mantenha um registro de mudanças (changelog) e avise os desenvolvedores sobre atualizações importantes, como novos endpoints ou mudanças em parâmetros. Utilize versionamento da API e mantenha documentações para versões anteriores, para que integrações antigas não sejam prejudicadas.

Simplicidade e clareza

A simplicidade no texto, evitando jargões técnicos complexos ou desnecessários, é fundamental para garantir que qualquer desenvolvedor, independentemente do nível de experiência, possa entender a documentação. Frases curtas, diretas e uma organização lógica tornam a leitura fácil e rápida.

Prefira adicionar diagramas ou fluxogramas para ilustrar o funcionamento da API, e destaque avisos importantes, como limitações ou exigências de autenticação. Divida a documentação em seções menores e bem definidas, como “Introdução”, “Guia de Autenticação”, “Lista de Endpoints”, “Exemplos de Uso” etc.

Uma documentação de API bem estruturada é essencial para garantir o sucesso nas integrações entre sistemas, facilitando o trabalho dos desenvolvedores e evitando erros comuns. Ela simplifica a comunicação entre aplicações, assegurando que os processos sejam realizados de forma segura e eficiente – aumentando, assim, a confiabilidade de suas APIs e a satisfação dos usuários.

Se você deseja entender mais sobre como aplicar essas práticas em uma solução específica, não deixe de clicar aqui para conferir o nosso artigo sobre as integrações entre a plataforma de assinatura eletrônica da ZapSign e API. Lá, explicamos em detalhes como a ZapSign facilita esse processo, proporcionando agilidade e segurança na gestão de assinaturas.

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