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Entenda como fazer a segurança dos seus contratos digitais

A digitalização das relações jurídicas é uma realidade consolidada no ambiente empresarial, público e pessoal. Se antes seus contratos exigiam reconhecimento de firma e múltiplas vias físicas, hoje podem ser formalizados, assinados e arquivados eletronicamente, otimizando a gestão de documentos. Essa transição, porém, estabeleceu novos desafios para a segurança dos contratos digitais.

Este é um ponto que se tornou prioritário frente ao aumento de tentativas de fraude, violação de dados e falsificação de documentos. A adoção de boas práticas e tecnologias adequadas é determinante para preservar a validade jurídica, o sigilo e a integridade contratual.

Neste artigo, abordaremos como garantir a segurança dos seus contratos digitais contra acessos indevidos, analisando os principais mecanismos técnicos, legais e organizacionais utilizados para protegê-los em todo o seu ciclo de vida. Discutiremos também os impactos das normas vigentes, como a LGPD e a Medida Provisória nº 2.200-2/2001, no fortalecimento da proteção contratual digital. Boa leitura!

Segurança dos contratos digitais: medidas essenciais para proteção e validade

A segurança jurídica em documentos digitais começa por garantir que o contrato seja autêntico, inviolável e passível de auditoria. A Medida Provisória nº 2.200-2/2001 criou o modelo de certificação digital da ICP-Brasil, que estabelece a presunção de autenticidade e integridade aos documentos assinados com certificados digitais emitidos por autoridades credenciadas.

Nesse contexto, a assinatura com certificado digital se destaca como um dos métodos mais confiáveis e amplamente aceitos em tribunais e processos administrativos. Ela assegura a identidade das partes envolvidas, impede alterações posteriores sem detecção e oferece validade jurídica equivalente à de documentos físicos com firma reconhecida, conforme previsto no Código Civil brasileiro.

O uso do certificado ICP-Brasil está diretamente associado à validade jurídica do documento. O próprio Código Civil, em seu artigo 104, inciso III, trata da forma como requisito para a validade dos negócios jurídicos. Quando a lei exige forma específica, como a assinatura digital qualificada, sua ausência pode invalidar o ato jurídico.

A Lei nº 8.078/1990 do Código de Defesa do Consumidor também reconhece a necessidade de garantir transparência, autenticidade e rastreabilidade nos contratos firmados com clientes, especialmente no meio eletrônico.

Todas essas exigências visam a proteção do consumidor contra práticas abusivas, além da garantia de que todas as condições contratuais estejam claras e acessíveis, fortalecendo a confiança nas relações digitais e prevenindo litígios decorrentes de informações insuficientes ou manipulações indevidas.

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Criptografia como pilar da confidencialidade

Entre os recursos de proteção contratual, a criptografia destaca-se como um dos mais eficientes para impedir o acesso não autorizado a informações sensíveis. A criptografia assimétrica, amplamente utilizada em certificados digitais, assegura que somente o destinatário autorizado consiga descriptografar e acessar o conteúdo do contrato. 

Trata-se de um método frequentemente adotado por diversas plataformas de assinatura digital, a fim de garantir a confidencialidade dos dados durante todo o processo, seja no envio, no armazenamento ou na recuperação futura dos documentos.

A segurança proporcionada pela criptografia assimétrica baseia-se na utilização de chaves públicas e privadas, que funcionam em conjunto para proteger as informações contra interceptações ou adulterações. Assim, mesmo que os dados sejam capturados por terceiros, eles permanecem inacessíveis sem a chave privada correspondente, o que dificulta significativamente tentativas de fraude ou violação.

Além da criptografia aplicada diretamente ao conteúdo contratual, é fundamental que os sistemas também adotem a proteção criptográfica para os dados relacionados à autenticação dos usuários envolvidos. Essa precaução envolve a codificação das credenciais de acesso, como senhas e tokens, de modo a evitar que essas informações sejam capturadas e utilizadas por agentes mal-intencionados.

A implementação dessa camada adicional de segurança é essencial para reduzir o risco de ataques como o phishing, a interceptação de dados em redes públicas e outras formas de comprometimento de credenciais. Como resultado, a integridade do processo de assinatura e a validade jurídica dos contratos digitais são preservadas, garantindo tranquilidade e confiança para todas as partes envolvidas.

Verificação de integridade e logs de aceite

Garantir que o conteúdo de um contrato não foi alterado após a assinatura é um princípio básico da integridade documental. Para tal, plataformas de assinatura confiáveis utilizam algoritmos de hash, que geram um código único vinculado ao conteúdo do documento. Qualquer alteração, por mínima que seja, invalida esse código, alertando sobre modificações indevidas.

Ademais, os chamados logs de aceite são fundamentais para documentar todas as etapas do processo contratual: envio, visualização, aceite, assinatura e confirmação. Esses registros devem conter data, hora, IP do usuário e dispositivo utilizado, permitindo auditorias em caso de contestação judicial ou suspeita de fraude.

Autenticação em duas etapas: proteção contra acesso indevido

A autenticação em duas etapas (2FA) é uma barreira de segurança amplamente utilizada para proteger contas e documentos digitais. Ao exigir duas formas de verificação (por exemplo, senha e código enviado por SMS), o sistema dificulta o acesso não autorizado, mesmo que o invasor tenha conhecimento da senha principal.

No contexto contratual, o 2FA pode ser exigido para abrir o documento, realizar a assinatura ou acessar os logs de auditoria. Essa camada adicional é essencial para mitigar riscos associados ao furto de senhas, invasão de contas e uso de identidades falsas.

Armazenamento seguro em nuvem

A segurança contratual não termina com a assinatura. O local onde o contrato digital é armazenado também deve atender a requisitos técnicos rigorosos. Plataformas que operam em nuvem devem possuir servidores com backups automáticos, criptografia de dados em repouso, políticas de redundância e infraestrutura com certificações reconhecidas, como ISO/IEC 27001.

A acessibilidade é outro fator importante. Garantir que os contratos estejam disponíveis de forma rápida e segura para as partes envolvidas é uma exigência da LGPD (Lei nº 13.709/2018). A legislação impõe o dever de garantir a confidencialidade, integridade e disponibilidade dos dados pessoais, o que inclui contratos que contenham nomes, CPF, endereço e outros elementos de identificação.

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Atualização contratual conforme normas legais

A conformidade legal dos contratos não depende apenas da forma de assinatura. É necessário que o conteúdo esteja alinhado com as normas em vigor. O Código Civil impõe regras sobre obrigações, vícios do consentimento, cláusulas abusivas e limitações de responsabilidade.

Já o Código de Defesa do Consumidor, por sua vez, determina que contratos com cláusulas em desacordo com os direitos do consumidor podem ser anulados judicialmente.

Com a LGPD em vigor, cláusulas sobre tratamento de dados pessoais passaram a ser exigência obrigatória para diversos tipos de contratos, especialmente aqueles que envolvem coleta de dados para fins comerciais. A ausência dessas cláusulas pode resultar em penalidades administrativas, multas e ações judiciais.

Dessa forma, a atualização contratual constante é uma prática de governança indispensável. Departamentos jurídicos e gestores de documentos devem revisar periodicamente os modelos utilizados, adotando cláusulas claras, linguagem acessível e respaldo técnico conforme o setor regulado.

Contratos claros, linguagem acessível e base técnica

Um contrato digital seguro não depende somente de ferramentas tecnológicas. A clareza do texto, a estrutura das cláusulas e o equilíbrio entre as partes são também decisivos nesse contexto. O Código Civil e o Código de Defesa do Consumidor exigem que os contratos sejam redigidos de forma compreensível, sem ambiguidades, e com destaque às cláusulas que possam limitar direitos.

A adoção de linguagem técnica, porém acessível, é essencial para evitar conflitos interpretativos e garantir que todas as partes compreendam as obrigações e responsabilidades assumidas. Nesse aspecto, ferramentas com inteligência artificial jurídica oferecem grande apoio, pois ajudam a construir textos coesos, adequados ao contexto legal e personalizados conforme a natureza da relação contratual.

Conformidade com padrões técnicos nacionais

A Medida Provisória nº 2.200-2/2001 estabelece que documentos assinados digitalmente com certificados ICP-Brasil têm a mesma força probatória dos assinados manualmente. Essa equivalência legal é respaldada por jurisprudência consolidada e por ferramentas públicas de validação de conformidade, como o verificador oficial do ITI.

Adotar plataformas e práticas alinhadas a esses padrões é a única forma de garantir que os contratos digitais tenham valor legal em auditorias, arbitragens e disputas judiciais. Recursos como carimbo do tempo, versionamento automático e rastreamento de alterações também devem ser considerados.

Garantir a segurança dos seus contratos digitais é um compromisso que envolve tecnologia, governança e conformidade legal. Em um cenário em que o ambiente digital é cada vez mais visado por fraudadores e vulnerabilidades técnicas, prevenir riscos por meio de soluções robustas é a forma mais eficiente de proteger direitos, dados e relações comerciais.

Plataformas que unem inteligência artificial, assinatura digital qualificada e boas práticas contratuais reduzem significativamente os riscos jurídicos e operacionais. A ZapSign oferece um gerador de contratos com inteligência artificial jurídica, que alia automação, validade legal e segurança baseada nos mais altos padrões técnicos e normativos do Brasil.

O sistema ajuda empresas e profissionais a criarem contratos claros, atualizados e prontos para assinatura digital segura, promovendo eficiência com respaldo jurídico. Com essa solução, é possível minimizar erros manuais, manter conformidade com legislações como a LGPD e garantir que cada cláusula esteja juridicamente adequada ao contexto da negociação, protegendo todas as partes envolvidas.

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