Os grandes desafios ao se iniciar um novo empreendimento se apresentam logo no começo. Por isso, é preciso método e seriedade ao apresentar o seu novo negócio, tanto para o seu público-alvo, quanto para o mercado – mas também para você mesmo. Isso inclui saber como fazer Canvas.
Afinal, para que a gestão ocorra de maneira apropriada, é preciso focar em estabelecer estruturas firmes para o projeto, o que implica no uso de ferramentas especiais, como ERPs, organizadores de tarefas, dentre várias outras.
E foi justamente com este fim que foi desenvolvido o Canvas – uma ferramenta de organização de projetos que facilita a apresentação do negócio e a condução de suas atividades.
Por isso, preparamos este conteúdo sobre o assunto. Aqui, explicaremos tudo sobre essa metodologia de estruturação de modelo de negócios. Vamos lá?
O que é o Canvas?
Embora existam diversas metodologias de modelo de negócio, o Canvas, reconhecidamente, se destaca por tornar todo esse processo particularmente mais intuitivo e fluido.
Relativamente recente, o Canvas surgiu na primeira década do século XXI, resultado de uma tese de Alex Osterwalder, que, ao lançar o livro Business Model Generation: Inovação em Modelos de Negócios, apresentou o Canvas ao resto do mundo e revolucionou o conceito de direcionamento estratégico de modelos de negócio.
Em outras palavras, podemos definir o Canvas como uma ferramenta objetiva de suporte de gestão e organização de tarefas, capaz de proporcionar ao gestor uma visão ampla de sua organização.
Além disso, ele consegue definir todos os seus pontos relevantes, como objetivos, ações e estratégias, dentro dos seu respectivo segmento. É esse panorama aguçado que permite que o empreendedor avalie o que é e o que não é viável em sua proposta, e, assim, possa se organizar antes de iniciar seus trabalhos.
Quais são os blocos que o compõem o Canvas?
A estrutura do Canvas é bastante simples, é justamente isso que o torna uma ferramenta tão útil para que todos os membros da equipe consigam visualizar o projeto de forma prática, objetiva e funcional – sendo, por isso, vital para a gestão do tempo.
Esse modelo de planejamento prioriza a descentralização dos quadros e a uma dinâmica de participação ativa por parte de todos na empresa. Essa abordagem menos linear é o que possibilita a aplicação de práticas criativas, intuitivas e inovadoras.
Ainda nesse sentido da praticidade, ao falar sobre como fazer o Canvas, há diversas maneiras possíveis: desde uma simples folha de papel, passando por quadros e até mesmo arquivos digitais editáveis em um PC ou smartphone.
Aqui, o que importa mesmo é a sua composição, formada por 9 grandes blocos:
- segmento de clientes;
- proposta de valor;
- canais de comunicação;
- relacionamento com clientes;
- fontes de receita;
- recursos principais;
- atividades-chave;
- parceiros principais;
- estrutura de custos.
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Como fazer o Canvas para o seu negócio: passo a passo
Ok, agora você compreende o que é e para que serve este modelo de negócios. Mas, na prática, como fazer o Canvas?
Como dissemos, o Canvas é um quadro gráfico dividido em 9 blocos. A seguir, mostraremos em detalhes o que deve ser considerado ao elaborar o conteúdo de cada bloco.
Uma boa dica inicial é dividir os 9 blocos do seu Canvas em 4 grupos, a fim de visualizar melhor como cada um deles se relaciona com o outro. Você pode separá-los por cores diferentes. Tomando como exemplo, vamos usar azul, amarelo, vermelho e verde:
- segmento de clientes, relacionamento com clientes e canais de comunicação são os blocos que definem quem é seu cliente e como você vai chegar até ele, vamos marcá-los de azul;
- proposta de valor determina o que você oferece ao cliente, e o motivo que vai fazer com que os clientes escolham seu produto, vamos marcá-lo de amarelo;
- parceiros principais e atividades-chave definem a sua metodologia de produção, vamos marcá-los de vermelho;
- estrutura de custos e fontes de receita são referentes à sua entrada e saída de dinheiro, ao seu controle financeiro, vamos marcá-los de verde.
Dito isso, vamos em frente.
1. Segmento de clientes
Primeiramente, ao fazer o seu Canvas, você deve observar atentamente o lugar que sua empresa ocupará no mercado: a qual nicho pertencerá, como é o perfil do seu público-alvo e por aí vai. É imprescindível que você saiba definir esses fatores, visto que há toda uma sorte de tipos diferentes de segmentos de público.
Se você não conhecer bem o perfil do cliente a quem você deseja vender o seu produto ou serviço, será difícil atingir níveis satisfatórios de qualidade no seu trabalho final.
Para tanto, é importante definir claramente para quem você está se propondo a criar valor; o que esse consumidor, de fato, precisa; e como proceder para atendê-lo bem e proporcionar a ele a melhor experiência possível com a sua marca.
A partir desses apontamentos, será bem mais fácil dividir a segmentação da sua base de clientes.
2. Proposta de valor
Esta é uma etapa muito importante, por se tratar da maneira como a sua empresa irá, efetivamente, operar. A proposta de valor é a responsável pelo cliente escolher você e não o seu concorrente.
Aqui, todo o seu método de operação, atendimento e resolução de problemas será traçado. Independente dessas práticas serem tradicionais ou extremamente inovadoras, o que importa neste bloco é garantir que o seu serviço oferecerá com perfeição as soluções que o seu cliente busca, atendendo – ou mesmo superando – suas expectativas.
Nesta etapa, destaque os seguintes pontos: qual o valor entregue ao cliente; quais problemas a marca ajuda a resolver; e quais produtos ou serviços específicos são oferecidos a cada segmento de seu público.
3. Canais de comunicação
Os caminhos pelos quais a empresa chega ao cliente são traçados neste bloco. Trata-se de um ponto estratégico, no qual você definirá os meios de comunicação e relacionamento entre o consumidor e a sua marca.
Analise quais canais você tem disponíveis, como eles se integram e através de quais deles o seu público pode ser alcançado com mais sucesso.
4. Relacionamento com clientes
Aqui, você tratará da manutenção do relacionamento com o cliente. Esse relacionamento precisa ser cultivado o tempo todo – ao contrário do que acredita o mau gestor, o momento da compra não é decisivo para preservar essa relação.
Pondere sobre o tipo de relação que o seu segmento de público espera de uma marca, o quanto essa relação já foi estabelecida e os custos para aprimorá-la. Esses são fatores vitais para a fidelização do seu cliente.
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5. Fontes de receita
Neste bloco, você irá avaliar o quanto seus clientes estarão dispostos a pagar pelo seu produto ou serviço.
É muito importante saber qual preço o consumidor considera, de fato, justo pagar; os meios de pagamento disponíveis; e por quais meios o cliente preferiria pagar.
6. Proposta de Valor
Este é o bloco no qual as propostas de valores são elaboradas. Analise suas propostas de valor para identificar quais recursos elas exigem; quais canais de distribuição você possui; qual a relação concreta entre o seu público e as fontes de receita.
Logo, este bloco é muito importante, pois integra todos os anteriores, a fim de que suas estratégias possam ser aplicadas com sucesso.
7. Atividades-chave
Este é o espaço para considerar os seus fatores de qualidade relativos à produção, à solução de problemas e ao gerenciamento de estrutura.
Pondere sobre quais atividades-chave sua proposta de valor exige; quais são aplicadas às relações com os clientes; e quais delas estão relacionadas às suas fontes de receita, e você estará apto para identificar as tomadas de ação adequadas.
8. Parceiros principais
É preciso reconhecer o valor das parcerias corretas nos negócios. Para trabalhar esse aspecto de forma a obter melhorias expressivas nas suas operações e nos seus custos, atente-se a quem são os seus principais parceiros e fornecedores; que recursos a empresa adquire deles; e quais atividades-chave eles realizam.
9. Estrutura de custos
Não podemos esquecer que todos os blocos destacados correspondem a algum custo. Todo o gasto necessário para que o empreendimento aconteça será detalhado neste bloco.
É aqui que você deverá analisar quais os custos mais importantes do seu negócio; quais recursos principais e atividades-chave são mais dispendiosos; e quais desses custos são regulares e quais são variáveis.
Ferramentas que utilizam o Canvas
Embora, como já citamos, o Canvas possa ser feito de inúmeras formas, incluindo em folhas de papel e em quadros na parede, não custa lembrar que as tecnologias digitais representam um grande diferencial dentro das práticas de uma empresa. A Internet reúne uma infinidade de boas ferramentas voltadas para o desenvolvimento do seu Canvas.
Essas plataformas permitem, dentre uma série de outras vantagens, a possibilidade de flexibilizar e customizar o seu Canvas; a colaboração e a integração entre os diversos membros do seu time; o compartilhamento de informações via e-mail e links; além de segurança reforçada, por meio de backups e armazenamento em nuvem.
Entre as ferramentas mais competentes para o desenvolvimento de Canvas, destacamos:
- Sebrae Canvas;
- We2 Canvas;
- Strategyzer;
- BM Fiddle;
- Cavanizer;
- LeanMonitor;
- Launchpad Central;
- BM Designer.
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