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Como abrir empresa para trabalhar como PJ em 6 passos

abrir empresa para trabalhar como PJ

Abrir empresa para trabalhar como PJ é um movimento estratégico que atrai cada vez mais profissionais em busca de maior autonomia e flexibilidade. No cenário atual, essa modalidade tem ganhado força, especialmente em setores como tecnologia, marketing e consultoria, onde a independência profissional e a possibilidade de gerenciar diretamente contratos e rendimentos se destacam como vantagens significativas.

No entanto, antes de dar esse passo, é essencial entender que o processo envolve diversas etapas e requer atenção aos detalhes legais, fiscais e administrativos. Para muitas pessoas, o termo “abrir empresa” pode parecer simples, mas ele carrega uma série de obrigações e escolhas que impactam diretamente na operação e sustentabilidade do negócio.

Essa formalização exige planejamento estratégico, conhecimento das leis e clareza sobre seus objetivos profissionais. Abrir empresa não é apenas cumprir exigências burocráticas; é também uma oportunidade de construir uma base sólida para seu futuro. 

Este artigo trará informações essenciais sobre como realizar essa transição, apontando os passos mais importantes, os principais cuidados e os benefícios de trabalhar como PJ. Com as ferramentas e informações certas, é possível transformar esse processo em um trampolim para o crescimento profissional.

Quais são os passos para abrir empresa para trabalhar como PJ

Confira agora os seis passos necessários para aderir a essa modalidade.

1. Definição do tipo de empresa

O primeiro passo para abrir empresa para trabalhar como PJ é definir qual estrutura jurídica melhor se adapta às suas necessidades e objetivos. Essa escolha não é apenas um detalhe burocrático, mas uma decisão estratégica que influencia diretamente na forma como você será tributado, no grau de responsabilidade que terá sobre o negócio e até mesmo na percepção de mercado que sua empresa terá.

Entre as opções mais comuns, destaca-se o Microempreendedor Individual (MEI), ideal para quem deseja começar de forma simples e tem um faturamento limitado a R$ 81 mil por ano. O processo de inscrição para MEI é acessível e pode ser feito online, mas vale lembrar que nem todas as atividades são permitidas nessa categoria. 

Profissionais com faturamento maior ou que atuam em áreas não contempladas pelo MEI podem optar pela Microempresa (ME), que requer um registro mais detalhado e geralmente a contratação de um contador.

Outras alternativas incluem a Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI) e a Sociedade Limitada (LTDA), especialmente indicadas para negócios mais complexos ou com a participação de sócios. Ambas oferecem a proteção de separar os bens pessoais do patrimônio da empresa, garantindo maior segurança ao empreendedor.

Além disso, cada tipo de empresa apresenta benefícios e limitações que precisam ser cuidadosamente analisados. Por exemplo, enquanto o MEI é ideal para atividades individuais e baixo faturamento, o regime LTDA é mais adequado para negócios que visam expansão e precisam de maior credibilidade no mercado. Essa escolha deve ser feita com base nos seus planos de crescimento e nas demandas específicas da sua área de atuação.

2. Registro do CNPJ

O registro do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) é uma etapa indispensável no processo de formalização. Ele funciona como a identidade da sua empresa, sendo exigido para emissão de notas fiscais, abertura de conta bancária empresarial e contratação de serviços em nome da empresa.

Para obter o CNPJ, você precisará de documentos como o contrato social, que descreve o objetivo e as regras da empresa, e o registro na Junta Comercial do seu estado. Dependendo do tipo de empresa escolhido, podem ser exigidos documentos adicionais. Por exemplo, no caso de uma sociedade, é necessário apresentar as informações dos sócios.

Embora algumas pessoas tentem realizar essa etapa por conta própria, a orientação de um contador pode evitar erros que podem atrasar o processo ou gerar problemas futuros. Este profissional conhece as particularidades legais e burocráticas de cada estado, ajudando a garantir que sua empresa esteja completamente regularizada desde o início.

Além disso, o CNPJ também é um requisito para participar de licitações, acessar linhas de crédito e firmar parcerias comerciais com grandes empresas. A regularização com o CNPJ facilita a entrada no mercado formal, dando maior visibilidade e credibilidade ao seu negócio. Esse registro é o ponto de partida para que sua empresa seja reconhecida oficialmente pelas autoridades e pelo mercado.

3. Escolha do CNAE

A definição do Código Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) é mais do que uma formalidade. Esse código determina quais atividades sua empresa estará autorizada a realizar e afeta diretamente a tributação que será aplicada. Escolher o CNAE errado pode acarretar problemas com o Fisco ou limitar as atividades que você pode exercer formalmente.

Antes de decidir, pesquise quais códigos são mais compatíveis com os serviços que você deseja oferecer. Muitos contadores têm experiência em identificar o CNAE ideal para cada tipo de negócio. Além disso, você pode consultar a tabela de CNAEs disponível no site da Receita Federal para se informar sobre as opções. A escolha precisa ser feita com cuidado, já que cada atividade possui implicações fiscais e trabalhistas específicas.

É importante lembrar que a escolha do CNAE também afeta obrigações acessórias, como a necessidade de licenças adicionais, o tipo de notas fiscais que serão emitidas e até o enquadramento no regime tributário mais adequado. Para atividades mistas, é possível cadastrar mais de um CNAE, desde que todas as atividades sejam compatíveis com a natureza da empresa. Essa etapa, embora técnica, é essencial para garantir a legalidade e a eficiência operacional do seu negócio.

4. Definição do regime tributário

Escolher o regime tributário é uma das decisões mais importantes no processo de abertura de uma empresa, pois impacta diretamente nos impostos que serão pagos e na forma como a empresa será administrada. Existem três principais regimes tributários no Brasil: Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real.

O Simples Nacional é a opção preferida para a maioria das micro e pequenas empresas, devido à simplificação no cálculo e pagamento de tributos. As alíquotas variam de acordo com a atividade e o faturamento, e o sistema reúne diversos impostos em uma única guia. 

Por outro lado, o Lucro Presumido é recomendado para empresas que possuem margens de lucro bem definidas e desejam simplificar o cálculo de tributos com base em um percentual pré-determinado sobre o faturamento. Já o Lucro Real é mais complexo e indicado para empresas de grande porte ou que têm variações significativas de receita e despesa.

Além de determinar quanto será pago em impostos, o regime tributário afeta o fluxo de caixa, a competitividade e a capacidade de investir no crescimento do negócio. Para garantir que sua escolha seja a mais vantajosa, é indispensável realizar uma análise detalhada com um contador que compreenda as especificidades do seu setor e as projeções financeiras da sua empresa.

5. Obtenção de licenças e alvarás

Dependendo da atividade econômica e do local onde sua empresa será estabelecida, pode ser necessário obter licenças específicas e alvarás de funcionamento. Essas exigências são determinadas por órgãos municipais, estaduais e federais e variam de acordo com o segmento de atuação.

Por exemplo, empresas que operam em setores como alimentação, saúde ou transporte geralmente enfrentam exigências mais rigorosas. Algumas licenças podem envolver vistorias e aprovações de órgãos como vigilância sanitária, Corpo de Bombeiros ou órgãos ambientais. É essencial verificar quais licenças são necessárias para sua atividade antes de iniciar as operações, evitando multas ou interrupções no funcionamento.

Além disso, manter as licenças em dia é uma obrigação contínua, pois algumas autorizações precisam ser renovadas periodicamente. Ter um sistema organizado para monitorar os prazos e requisitos de renovação pode evitar complicações e garantir que sua empresa opere de forma contínua e tranquila. Um contador pode auxiliar no gerenciamento dessas exigências.

6. Contratação de serviços contábeis

Embora seja possível abrir uma empresa sem o auxílio de um contador, a presença desse profissional é indispensável para garantir a conformidade fiscal e facilitar a gestão do negócio. Ele será responsável por tarefas como cálculo de impostos, envio de obrigações acessórias, manutenção de livros fiscais e contábeis e acompanhamento das mudanças na legislação.

Além de evitar problemas com o Fisco, um contador experiente pode oferecer insights valiosos para otimizar sua gestão financeira, identificar oportunidades de economia tributária e melhorar o desempenho geral da empresa. Portanto, considere essa contratação como um investimento na saúde financeira do seu negócio.

Outro ponto importante é a relação de confiança que deve ser estabelecida com seu contador. Este profissional será uma peça-chave no planejamento estratégico, auxiliando na projeção de resultados e na tomada de decisões que podem alavancar seu negócio. Escolher um contador que compreenda seu setor e esteja alinhado com seus objetivos é uma etapa essencial para o sucesso.

Considerações finais

Abrir empresa para trabalhar como PJ é uma decisão estratégica que pode transformar sua carreira e proporcionar oportunidades únicas de crescimento. No entanto, é um processo que exige planejamento, conhecimento e atenção aos detalhes. Desde a escolha do tipo de empresa até a definição do regime tributário e a obtenção de licenças, cada etapa desempenha um papel importante no sucesso do empreendimento.

Com as informações apresentadas neste artigo, esperamos ter esclarecido os principais pontos para que você possa iniciar sua jornada como PJ com confiança e organização. A formalização, quando bem conduzida, permite que você usufrua de vantagens como maior autonomia e potencial de rendimentos superiores, tornando-se uma escolha atrativa para muitos profissionais no mercado atual.

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